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27 de mar. de 2011
24 de mar. de 2011
“O pior cego é aquele que não quer ver”
"Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Argenrtl ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver".
Assim como esse aldeão Angel via o mundo com sua própria imaginação algumas pessoas pensam que a vida é cor de rosa. Vivem em um mundo do faz de conta, acumulam bens, enchem a casa de arte inútil, enchem o corpo de bugigangas da moda, não ensinam os filhos quanto a realidade do mundo. Quando estes se deparam com a vida lá fora sucumbem vítimas de sua própria ignorância.
Há pessoas que do contrario imaginam o mundo é um campo de horror. Aviões caindo, casas desabando, assassinos atirando, balas perdidas, insetos transmitindo doenças, pessoas infectadas passando AIDS, alimentos contaminados, acidentes, corrupção, sequestros, guerras. Realmente assustador.
Mas, para tudo existe uma razão de ser que foge de nosso entendimento. Vamos então viver como se fosse o último dia, as últimas horas de nossa vida. Aproveitando nossos momentos com algo útil com nossos olhos para o alto.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
19 de mar. de 2011
O Fica Quieto e o Cala Boca
Eram dois irmãos: o Fica Quieto e o Cala Boca.
Um não tinha paciência com o outro.
Cada um achava que tinha razão e não queria ouvir o outro.
Era só o primeiro abrir a boca que o outro falava – Fica Quieto! E este por sua vez respondia – Cala Boca!
- Perdoa seu irmão e fica quieto, pedia sua mãe.
- Tenha mais paciência com seu irmão e cale a boca, aconselhava seu pai.
Mas, que nada, eram brigas ferronhas, caras feias, dentes à mostra.
Às vezes parecia que a conversa iria fluir, e de repente as vozes iam se alterando e terminava naquela gritaria. Nomes horríveis eram pronunciados.
A raiva fervia no coração dos dois. Por coincidência os dois estavam ficando com dor no fígado. Nada os detia, pensamentos ruins vinham à cabeça e tomavam conta de suas bocas.
Quando o primeiro passava o segundo pensava:
– Lá vai aquele tonto briguento.
E quando o segundo passava o primeiro pensava:
– Nervozinho!
Perdoar? Com tantas mágoas acumuladas durante tantos anos?
Era impossível.
Um dia foi que a coisa piorou mesmo. Foi a pior briga que tiveram.
Ao invés de um não dar ouvidos ao outro foi uma lavação de roupa suja.
A casa parecia que ia cair. Mas, ao final muita coisa foi esclarecida.
Muita coisa foi jogada na cara do outro.
Após isso os ânimos se acalmaram. O Fica Quieto abraçou o Cala Boca e eles nunca mais se atracaram.
A família satisfeita perguntou:
- Então, vocês se perdoaram?
Eles então responderam juntos: - Não foi necessário. Fala você Fica Quieto.
- Não, fale você Cala boca.
Um dando a palavra ao outro, o respeito foi instaurado nesta hora.
Então um deles continuou:
- Nós fizemos melhor. Tiramos a raiva que havia dentro de nós. Ambos pensavam de modo diferente sobre as coisas. Tudo é questão de ponto de vista. Sobre algumas coisas ambos tínhamos razão, sobre outras, não sabíamos que estávamos prejudicando o outro.
Um não sabia que certas coisas incomodavam tanto o outro, que faziam tanto mal.
E, ao invés de colocar as cartas na mesa íamos acumulando mágoas e a raiva ia aumentando.
Ainda bem que descobrimos a tempo a ponto da nossa raiva não se transformar em ódio, daí o pior podia acontecer.
Não há o que perdoar.
Nosso coração está limpo agora.
Deste dia então eles passaram a se chamar carinhosamente de Fica Aqui e Fala Boca.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
O julgamento
Uma mãe estava em fase terminal internada em um hospital da cidade.
Delirava muito e sua amada filha permanecia ao seu lado.
Numa fase de consciência a mãe abriu os olhos e chamou por sua filha.
-Filha! Recebi a visita de um anjo que me mandou lhe contasse uma breve história antes que eu partisse.
Os olhos da filha encheram-se de lágrimas e numa expressão de atenção se aproximou de sua mãe carinhosamente.
E a mãe com a voz trêmula começou a contar:
Uma mulher havia cometido um crime. Um crime perfeito, oculto.
Mas a acusada sabia que sua falta era grave e seria por isso julgada.
Mas ela faria tudo para se livrar da pena, ou pelo menos amenizá-la.
Tentaria se comunicar com o juiz.
Entretanto, havia um boato que o Meretíssimo era implacável, suas penas se reportavam ao tempo do Código de Talião: "Olho por olho, dente por dente”
Mas Deus não poderia permitir tal julgamento, afinal Ele era Pai, e Pai é Pai, Pai perdoa.
E a considerar também que ainda havia tempo para rezar.
Rezaria, pediria perdão, se arrependeria, confessaria seus pecados.
Afinal ela não errou por querer; quer dizer, ela não havia pensado nas conseqüências de seus atos, isto é, ela não pensou que teria que pagar pelos seus erros.
Afinal havia aprendido que era só confessar seus pecados perante Deus que estaria perdoada.
Mas agora descobriu que não era bem assim.
Haveria um julgamento.
Tentou falar com o Juiz da causa, mas este não tinha ouvidos para ouvir;
Tentou ouvir a resposta para as suas súplicas, mas o juiz não tinha boca para responder;
Procurou se emendar, mas só conseguiu amenizar sua pena.
Tentaria cancelar o pagamento de seu débito com alguma indulgência, mas soube que só conseguiria adiar o pagamento para quando tivesse condições de saldá-lo.
Procurou então por Deus para resolver este caso, mas foi informada que não estava em suas mãos.
Afinal o homem tem o livre arbítrio e, Deus não interfere em nada, só deu a ele uma consciência para alertá-lo.
Então a acusada descobriu que seria julgada pelas Leis Universais que haviam sido acionadas.
Mas nem tudo estava perdido, depois do acerto de contas haveria uma segunda chance, ou terceira, ou quarta, resumindo, haveria uma eternidade e Deus era paciente.
Deus criou seus filhos e os fez independentes.
Quis que tivessem o mérito quando acertassem, mas em compensação responderiam por seus atos impensados.
Nada mais justo, você não acha?
A filha permaneceu em silêncio.
A mãe respirando profundamente como a buscar forças continuou:
- Minha filha, guardo esta história contada por sua avó oito meses antes de você nascer.
O anjo na qual eu me referí é ela que está neste momento ao seu lado te abraçando.
Graças a ela, minha filha, que você nasceu.
- Mãe! Pergunte a vovó qual seria a pena da acusada?
E a mãe quase se esvaindo respondeu:
- Sua pena seria uma vida vazia sem a alegria de ter sido mãe, o abandono na hora da morte sem a presença de uma filha carinhosa para lhe fazer companhia. Façamos agora uma prece.
Eu preciso seguir com sua vó.
Neste momento de muita tristeza, a filha após muito chorar, tomou o telefone ligou para uma clínica clandestina e desmarcou uma cirurgia que faria na manhã seguinte.
Iride Eid Rossini
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
O dom da palavra
Aprendamos a usar a fala com sabedoria.
A palavra de cada um revela o que vai dentro de si.
Quando doce limpo está o coração.
Uma palavra viaja além das fronteiras espalhando o bem ou semeando a discórdia.
Grande responsabilidade tem aquele que a pronuncia sem controle. Deus dê-nos discernimento para bem usarmos esta faculdade que nos elevará ou comprometerá nosso espírito.
Ajude-nos para que não a usemos para ofender, prejudicar, amaldiçoar, ou acusar a ninguém.
Muitas coisas fogem do nosso entendimento sem que saibamos de imediato os motivos pelos quais acontecem.
Limpe nosso coração de todas as nossas mágoas, tristezas de todas as nossas vidas.
Que possamos compreender o próximo pelo que sentimos no coração.
Que também possamos abrir nossos ouvidos só para ouvir boas coisas.
Que nossos olhos possam ver tudo do melhor ângulo.
Perdoe-nos por todas as palavras já pronunciadas sem pensar.
Assim também perdoaremos a todos que um dia nos ofenderam por palavras e atos.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
Candidato a monge
Um homem queria se tornar um iluminado e se desligar do mundo.
Mas, cada dia que passava era um problema para resolver em sua casa.
Antes de partir para as montanhas e se isolar precisava fazer o inventário de todos os bens.
Mas sua família nunca ficava bem e o candidato a monge se envolvia com problemas que não se resolviam e que nem sequer eram dele.
E ele meditava...
Nas ruas via a injustiça por todo canto, também a miséria e a doença. Quando chegava em casa sentia culpa ao encontrar na mesa um prato quente e uma cama macia para dormir.
Ele achava que não podia usufruir com alegria de seus bens enquanto existissem tantos miseráveis.
E ele meditava...
O que sua gente gastava com uma refeição dava para sustentar uma família por um mês.
E ele meditava...
Mas, porque Deus permitiu que ele fosse tão abastado!
Ele não fez sacrifício nenhum. Tudo lhe foi deixado por herança.
A idéia de ir para um mosteiro lhe agradava.
O mundo já não lhe satisfazia e o isolamento lhe traria paz.
Ele estava acostumado com a velha vida.
Mas...
Enquanto tivesse apego às coisas materiais; enquanto tivesse uma paixão em seu coração; enquanto estivesse vivendo a vida dos outros; enquanto estivesse se empanturrando de carnes e de bebidas; enquanto estivesse querendo viver a vida dos outros...
Nunca chegaria a seu objetivo.
Se ficasse só olhando para trás não conseguiria sentir paz no mosteiro.
Mas, qual era o seu lugar? Porque ele nasceu ali junto àquela família tão problemática?
Antes de seguir seu impulso precisava descobrir sua verdadeira missão.
Será que sua missão não era ao lado de sua familia?
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
A verdadeira caridade
Ajuda ao que te pede.
Ao que te olha nos olhos e implora não negues auxilio.
Este já atingiu a humildade e está pronto para receber.
Não cabe a vós julgar se ele merece ou não.
Cuide para que a vossa oferenda não ofenda a dignidade do pedinte.
E para que ele não se habitue na facilidade da aquisição e para que não aumentes a fila dos miseráveis;
Aprenda a oferecer uma ajuda inicial; um remédio necessário; um alimento que mate a fome; um sorriso que alimente a alma.
Um tanto melhor seria um trabalho que lhe garantisse sua subsistência.
Mas nada faça para que recebas uma recompensa e, fique certo que Deus não se esquecerá de ti na hora em que mais precisares.
Iride Eid RossiniDireitos autorais reservados
A libertação
Ele tinha um emprego, não era muito gratificante, mas oferecia segurança de um salário ao final de cada mês.
Não ganhava muito, mas dava para cobrir as despesas mensais.
Não estava contente, estava acomodado.
Tinha um amor que não era satisfatório, mas ele já estava acostumado com a sua companhia, e além do mais tinha medo de ficar só.
Não estava bem o relacionamento, sabe aqueles arrepios? Palpitações? Haviam acabado, mas ele temia enfrentar a dor da separação.
Também não se sentia muito bem fisicamente, mas ele não estava interessado em encontrar as causas de sua doença, ele só queria acabar com os sintomas dela.
Ele não fazia nada para mudar, e sua vida era uma mesmice.
Mas, um dia ele acordou e resolveu virar o jogo.
Jogou tudo para o alto e começou uma vida nova.
Todos pensaram que ele havia ficado louco.
“Mudança radical”
Era um caminho sem volta, mas ele o seguiu.
De repente descobriu o prazer de se concretizar um sonho projetado, de se conquistar e ter um grande amor, de procurar a cura para suas doenças, de enfrentar as intempéries da vida sem medo de cair, de errar, de ter que começar de novo.
Ele não tinha nada a perder justamente porque ele não tinha nada, não havia ainda construído nada, não havia nada conquistado.
Seu emprego não podia ser considerado um emprego.
Sua namorada não era seu grande amor.
Sua saúde física estava péssima.
Ele começaria do zero.
Com esforço e boa vontade conseguiria vencer.
E vencer a todos que eram contrários a sua mudança.
Os que passaram e passariam sua vida em brancas nuvens.
Os que invejavam sua coragem.
Mas ele foi.
E no começo foi tudo muito difícil.
Mas ele continuou lutando.
E aquela luta era melhor que a mesmice que era sua vida.
E seu dia se encheu de afazeres.
Ao final do dia ele se deitava cansado por ter se ocupado de muitas coisas e não cansado por não ter feito nada.
Levantava com disposição para construir, para fazer projetos, para amar...
E ele foi.
E acabou encontrando o que procurava, porque já se sabe que quem procura acha, quem bate à porta ela se abre, e quem pede ganha..
Nesta busca ele se realizou.
Tornou-se um novo homem, gratificado.
Não foi fácil, nada é fácil, mas ele tentou e finalmente conseguiu.
E tentaria até conseguir, pois ele deu o primeiro passo e outro não poderia ser o resultado.
E no começo não se tem mesmo nada, só a vontade de alçar vôo.
Ele venceu.
E encontrou seu amor por essas andanças.
E esse era um amor verdadeiro, que com ele lutou, que o apoiou, que lhe fez companhia, que lhe deu prazer e por fim se tornou um com ele.
E seu amor se perpetuou por séculos.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
A importância da fé
Tristes são os que não acreditam em nada.
Durante o dia são corajosos, mas quando chega à noite tem medo de encontrar um vazio.
Amam somente a si próprios.
Vivem sem pensar nas conseqüências de seus atos.
Curtem a vida como se fosse a única.
Mas, o amanhã virá e estes acordarão assustados sem saber onde estão, porque a morte não existe.
Perambularão sem rumo, atraídos para junto daqueles a quem prejudicaram.
Não sabiam que a vida continuava do outro lado.
Não sabiam que pagariam por seus erros um a um.
Não conheciam a misericórdia de Deus que acolhe a todos e dá novas chances a todos os seus filhos.
Por isso Ele é o Deus pai todo poderoso.
Irmãos não façamos como aqueles que não têm fé.
Não sejamos egoístas vivendo esta vida como se fossemos os únicos no mundo e como se essa vida fosse a única que viveremos.
Iride Eid RossiniDireitos autorais reservados
Marta e Maria
O serviço estava por fazer.
O pão assava no forno.
Minha irmã fazia às vezes com o ilustre Convidado.
Eu estava sobrecarregada de trabalho sem ninguém para me auxiliar.
Dei uma olhada na sala e pude notar o ar interessado de minha irmã se regalando com cada palavra dita pelo Ilustre Visitante.
Condenei minha irmã naquela hora, pois ela ficou com a melhor parte.
Mas ela sabia que sempre haveria serviço por fazer e aquele momento sublime não se repetiria novamente.
Para minha surpresa o Mestre lhe deu razão dizendo que não se deve se preocupar demasiado com as coisas do corpo e que o alimento espiritual jamais se deteriora.
Era preciso parar. Parar para crescer como o pão; parar para ouvir a verdade; parar para evoluir; parar para as dívidas saldar.
Tanto tempo se passou e ainda hoje eu não arrumei tempo para fazer:
O Evangelho no Lar.
Esta poderia ser a história de tantas Martas que sempre ocupadas com as tarefas de todo dia, não tem nunca tempo para receber Jesus.
Trabalhe em prol do seu crescimento
Não reclame que o fardo é pesado.
Aceite com resignação suas provações.
Agradeça a todos os seres encarnados e desencarnados.
E ore sempre recordando que somos nós mesmos que escolhemos as provas, mas Deus é quem decide se já temos condições de cumpri-las.
Não peça que Deus seja justo com você, pois pode ser que Ele tenha aliviado o seu fardo.
(Inspirado por um espírito de luz)
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
12 de mar. de 2011
A inveja da bondade
Existem pessoas que tem inveja da beleza, da riqueza ou do marido de alguém.
Mas, existem aquelas que têm inveja das pessoas boas. Daquelas que fazem o bem para os outros sem egoísmo, sem olhar a quem, sem esperar recompensa. As que tem compaixão pelo ser humano.
Que fazem coisas que elas não têm coragem nem vontade de fazer.
Elas fazem de tudo para descobrir algum defeito nas pessoas que julgam boas para desmascará-las.
Querem que estas pessoas sejam iguais a elas, assim não sentem remorso de não fazerem todo o bem que deveriam fazer.
Fazem armadilhas para que os bons caiam em tentação. Depois dizem: - Ta vendo? Ela não é tão boa quanto se mostra!
Não querem que elas recebam todos os benefícios futuros decorrentes de sua bondade presente.
Pior, são falsos, hipócritas, agem por trás.
Fazer o bem em um mundo atrasado virou virtude, quando deveria ser uma obrigação.
Não vão sossegar enquanto não derrubarem os bons.
Podem atingir o corpo dos bons, mas nunca alcançarão sua alma.
Iride Eid RossiniDireitos autorais reservados
10 de mar. de 2011
A dificil decisão
Por tantas vezes ela havia adiado a decisão de ter filhos. Tinha medo de estragar seu corpo. Era jovem, queria aproveitar a vida, se divertir, trabalhar. Os anos foram se passando. Uma consulta ao médico colocou a mulher a par dos riscos de uma gravidez tardia. Mas ela não seria uma árvore seca, não ela, que todos cobravam, que todos paparicavam, filha única, esperança de dar prosseguimento ao nome da família. Mas ela tentaria. Abandonaria todos os métodos anticoncepcionais e tentaria engravidar.
Depois de muitas tentativas frustrantes enfim cessaram as regras. O médico foi visitado, exames foram feitos.
Ela estava grávida. Finalmente.
A ciência proporcionava a facilidade de examinar o feto para saber se a criança nasceria perfeita.
Eles jamais aceitariam um filho com problemas genéticos.
O exame foi feito.
O casal recebe o telefonema da secretária do especialista em genética.
Eles logo desconfiaram, um problema havia sido detectado.
- Decidir se quero um filho com síndrome de Down?
É lógico que não! Afinal para que pagamos uma fortuna pelo exame?
Que vergonha! O que diriam nossos amigos, que não temos capacidade de gerar filhos perfeitos. Ser motivo de chacotas? Jamais! Afinal todos diziam que éramos um lindo casal. Como agora explicar um filho assim com a carinha igual a tantos mil. Sem características nossas, sem ser inteligente como o pai e bonito como a mãe! Não!
A decisão foi tomada, tentariam outra fecundação, afinal já havíamos esperado tanto, esperaríamos outro tanto, mas nosso filho nasceria perfeito.
- Lembra-se meu bem quantas vezes nos negamos até mesmo olhar para o filho de nossa vizinha? Tínhamos pena dela. Quantas vezes ela precisou e não oferecemos ajuda. Disse a mulher em confidência ao marido.
Assim deram a resposta ao médico:
Assim deram a resposta ao médico:
- Doutor nossa decisão foi tomada sem arrependimentos. Desejamos seja feita nova tentativa.
Alguns meses se passaram e uma nova fecundação. Desta vez o feto não tinha defeitos. Nasceria uma criança perfeita. Seria um orgulho para a família. Valeu a pena esperar.
O quarto do bebê foi montado. E era lindo. Roupinhas caras, enxoval importado, móveis com motivos infantis.
Era muito grande a expectativa.
Chegou o grande dia.
As contrações alertaram que a hora estava chegando.
Era um dia muito movimentado no hospital. Vários bebês resolveram nascer no mesmo dia.
A bolsa estourou. A gestante foi encaminhada às pressas para a sala de cirurgia. Não houve dilatação, uma cesariana se fez necessária. Finalmente o bebê foi retirado e um olhar de preocupação se viu no obstetra. Ela estava sonolenta, mas conseguiu perguntar se seu filho era bonito.
- Sim, ele é muito lindo, mas, tivemos um pequeno problema. - O que foi perguntou ela desesperada. Faltou oxigênio em seu cérebro por uns instantes. - E daí doutor?
- Comprovaremos mais tarde, mas julgo que ele será uma criança especial. Certamente necessitará de cuidados especiais.
Ela se pôs a chorar desesperadamente. Seu marido pegou o nascituro no colo e disse.
- Mas veja meu bem como ele é lindo!
- Mas veja meu bem como ele é lindo!
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
A licença de Deus
Uma criança estava muito doente.
Ela tinha leucemia.
Uma transfusão de sangue se fazia necessária, mas seus pais eram muito religiosos e seguiam a Bíblia rigorosamente.
A menina que conhecia também os ensinamentos sabia que ia morrer, por que o doutor já havia dito que se não fizesse uma transfusão de sangue sucumbiria.
A menina ficou apavorada e apesar de não querer ir contra os ensinamentos de Deus não queria morrer
Ela tinha muitos planos de vida.
- Vocês precisam autorizar o transplante urgente! Disse o médico.
- Mas doutor, isto vai contra nossa religião.
- Vocês preferem que a menina morra?
- Deus não faria isso conosco. Responderam os pais
- Deus deu a inteligência ao homem para que através da medicina se salvassem vidas. Vocês não podem colocar a religião acima da vida. Nossa vida é sagrada e só Deus que a deu pode tira-la. Ou vocês querem fazer o papel de Deus para tirar a vida da sua filha!
Saibam que ela servira muito mais o Senhor se estiver viva.
Os pais ficaram muito pensativos.
Naquele dia oraram muito, jejuaram e pediram que Deus lhes mandasse uma mensagem.
Enquanto isso a menina passava muito mal. Estava quase inconsciente quando apareceu um anjo e lhe disse: - Calma menina, você não morrera e vivera para glorificar o Senhor
A menina descansou sossegada confiante no anjo.
No dia seguinte os pais se encontraram com o médico
- Doutor nos autorizamos a transfusão de sangue. Salve nossa filha!
- Por que vocês mudaram de idéia?
- Deus através da Bíblia nos autorizou. Compreendemos agora as Suas palavras.
A menina viveu e dedicou sua vida para glorificar e amar a Deus.
Sabe que depois quando cresceu ela se tornou uma doadora de sangue?
Não vamos confundir :
A Bíblia diz:
“Não comereis coisa alguma com sangue.” A ordem é não comer carne com sangue. Carne de animal.
Não há referência a transfusões.
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
Quem pensa que sois?
Quereis ser Deus quando achais injusta a morte deste ou daquele?
Quereis ser Deus quando indagais o porquê das catástrofes e violências?
Quereis ser Deus para mudar o rumo dos acontecimentos?
Quereis ser Deus para julgar Seus atos e de seus semelhantes?
Achais então que Deus não se importa com seus filhos?
Achais que Deus é injusto com suas criaturas?
Achais que Deus não é bom quando nascem deficientes?
Justamente por ser justo que Deus permite que se faça com cada um o que cada um fez para seu próximo.
Justamente por ser bom é que da a cada um uma nova oportunidade.
Justamente por ser magnânimo que perdoa a todos
E é por amor que Deus deixa o homem livre para escolher seus caminhos,
Mas, não o liberta de suas responsabilidades e retorno de seus atos.
Lembre-se que é na carne que se aprende, é com a dor que se evolui e é com amor que se caminha para frente.
Vossa visão é limitada e não pode alcançar a razão dos acontecimentos terrenos.
Mas, se queres ser Deus consola os aflitos;
Anima os desolados, os aflitos, os que choram e os que sofrem;
Alimente a fé dos já descrentes;
Ajuda o quanto puderes os que nada têm;
Oriente seus filhos no caminho do bem;
Procure vencer as tentações do mundo, materiais, físicas e morais.
Aceitai a tudo com resignação e quem sabe possas abreviar seus sofrimentos.
Caminhe na luz.
Pensas que é fácil ser Deus?
Se queres ir treinando comece por fazer de seu corpo um templo abençoado para que Deus nele habite.
(texto inspirado por um espírito de luz)
Iride Eid Rossini
Direitos autorais reservados
9 de mar. de 2011
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